FIBROSE PÓS OPERATÓRIO

A fibrose são aquelas ondulações que às vezes aparecem na região onde foi feita a incisão cirúrgica, ocorrendo durante a cicatrização de uma área lesada. Ela pode ocorrer em maior ou menor grau e sua aparição depende de vários fatores. Uma explicação mais científica da fibrose é que esta é uma espécie de edema e proteínas acumuladas de forma crônica, que atrapalham o funcionamento dos fibroblastos, que são responsáveis pela cicatrização, sendo que este trabalha em excesso e sem orientação, produzindo essas ondulações de colágeno, que causam repuxamento e dor ao paciente, além de uma aparência feia na região.

Logo após a cirurgia, a fibrose é intensa, endurecida e sensível. Geralmente o tratamento da fibrose é longo, sendo que de 6 a 12 meses após a cirurgia, ela tende a amolecer e até regredir. Vários são os fatores que podem influenciar no aparecimento desta:

- repouso inadequado;

-leves traumas na região (como pegar peso, ou pegar o filho no colo);

-uso incorreto da cinta cirúrgica;

-reação do próprio organismo à agressão sofrida.

Por isso, os cuidados no pós-operatório são essenciais, dentre eles em destaque a drenagem linfática pós-cirúrgica, o uso de cintas, uso de protetor solar na região, evitar esforço físico na fase inicial, manter assepsia e uma alimentação adequada, com vitaminas e minerais que desempenham papel importante. Um pré-operatório atualmente é recomendado na cirurgia de lipoaspiração, com drenagem, microcorrentes, esfoliações, entre outros. É atribuída ao pré-operatório, juntamente a um bom pós-operatório, a chance de uma cirurgia bem sucedida .

Se houver um leve quadro de irregularidades cutâneas, a drenagem linfática manual, ultra-som, mais tardiamente endermologia, devem ser opções de tratamento da fisioterapia. Caso seja um quadro importante de irregularidades cutâneas, procurar o médico é importante para uma avaliação do estado pós-cirúrgico.

SERÁ O FIM DA CICATRIZ?

Os pesquisadores trabalham com afinco para apagar as marcas de machucados e cirurgias. Conheça as novidades que prometem acelerar a recuperação da pele e dar sumiço a essas lembranças antiestéticas.

É inevitável sentir um frio na barriga ao encarar uma sala de cirurgia. A preocupação com o sucesso do procedimento, o medo do bisturi e a aflição da anestesia são recorrentes, mas não estão sozinhos na lista de apreensões que vêm à cabeça. Muitas vezes, o pós-operatório pode deixar sinais que, do ponto de vista estético, incomodam muito. Por isso, buscam-se tratamentos que garantam uma pele sem essas marcas.

Ao que tudo indica, a grande promessa nessa área é o laser infravermelho de baixa intensidade, objeto de estudo do fisioterapeuta Rodrigo Carvalho em seu mestrado na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. “Esse aparelho trabalha com uma energia concentrada mais baixa, que não provoca queimaduras nem lesões”, conta Carvalho. Há uma melhora significativa na aparência e na qualidade da cicatriz, que se torna mais suave e com cor e textura bem próximas às da pele normal. “Trata-se de ótima alternativa para cirurgias de mama, cesarianas e cicatrizes atróficas em geral”, observa. Por cicatrizes atróficas, entenda: aquelas em que há uma depressão e a pele se torna mais fina que o normal, como as que costumam dar as caras em problemas como a acne.

Além da versão infravermelha, outros tipos de laser, chamados de ablativos, despontam entre as opções antimarcas. Como o próprio nome já diz, eles fazem uma pequena raspagem na derme e na epiderme, as camadas mais superficiais da pele. Sua atuação é certeira: despejam uma grande quantidade de energia em pontos determinados. Os raios são convertidos em calor, o que gera uma leve queimadura. “Por meio dessa pequena lesão, o laser remove a pele morta situada em cima da cicatriz e promove a formação de uma nova camada com células jovens”, descreve o cirurgião plástico Alan Landecker, de São Paulo. Essa espécie de troca acontece graças ao estímulo da produção de fibroblastos, células responsáveis pela formação de colágeno, proteína essencial para a formação e renovação do tecido.
“O laser ablativo é um bom recurso contra cicatrizes atróficas”, indica Alan Landecker. Mas é preciso cautela ao optar por esse tratamento. “Ele pode causar efeitos colaterais, como o aparecimento de manchas escuras, além de ser agressivo à pele”, alerta o dermatologista Nuno Osório, de São Paulo. Como saída, os especialistas vêm recorrendo a outro tipo de laser — o fracionado não ablativo. “Atualmente, ele é a grande vedete nas clínicas”, garante a dermatologista Valéria Campos, também da capital paulista.

Capaz de promover uma recuperação mais rápida, esse laser segue o mesmo princípio do ablativo. A diferença é que, aqui, essa energia é fracionada, ou seja, menos concentrada. “É como se, em vez de um choque de 120 volts, recebêssemos três pequenos choques de 40. O dano, no final, é menos intenso”, compara o cirurgião plástico Fábio Coutinho, do Rio de Janeiro. É a técnica ideal quando o objetivo é dar uniformidade à pele.

Caso a intenção seja suavizar manchas e vasos, uma boa — e econômica — alternativa é a luz pulsada. “Ela trabalha com uma luz não contínua, invisível ao olho humano, e atua positivamente sobre o processo de coloração da cicatriz”, analisa o médico Rodrigo Carvalho. “A técnica também pode ser usada em cicatrizes hipertróficas ou queloides”, diz o dermatologista Beni Grinblat, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

Não basta tecnologia, antes mesmo de apelar para qualquer um desses tratamentos, é preciso fazer de tudo, claro, para que o resultado da cicatriz fique discreto. A primeira atitude é garantir a hidratação da pele. “Durante um mês após o corte, a pessoa deve passar hidratantes de três a quatro vezes por dia no local, massageando sempre”, orienta Alan Landecker. Colocar uma placa de silicone em cima do corte durante um ou dois meses também ajuda a estimular o amadurecimento da cicatriz.

Outra medida é evitar movimentos bruscos para que a área não fique tensionada — é que a tensão provoca o alargamento do tecido fibroso. Em alguns casos, o paciente é orientado até mesmo a fazer uma pausa nas atividades físicas. “O tempo de repouso varia, mas, geralmente, é em torno de um mês”, calcula Coutinho. Áreas como costas, pernas, ombros, joelho, cotovelo, tronco e a região entre as mamas exigem maior atenção. “O risco de tensionar a pele nessas regiões é bem maior”, afirma Luis Fernando Tovo, dermatologista do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

Também é fundamental evitar o sol por pelo menos dois meses. “As marcas roxas que se formam logo após a cirurgia são sinal de deposição de pigmento sanguíneo entre as células da pele. Mas a tendência é que elas clareiem”, diz Coutinho. No entanto, se houver um contato precoce com os raios solares, esses pigmentos sanguíneos irão estimular os melanócitos — células que produzem a melanina, que colore a pele —, resultando no escurecimento definitivo da marca do corte.

Por fim, lembre-se de que o cigarro é outro inimigo da cicatrização, uma vez que a nicotina compromete a circulação do sangue. “E isso retarda a reparação da pele”, alerta Coutinho. Esses cuidados, combinados a uma boa técnica cirúrgica e a um cirurgião experiente, compõem a fórmula certa para evitar uma marca no futuro. “Apesar de ser impossível eliminarmos as cicatrizes por completo, os métodos de que dispomos hoje, tanto de prevenção quanto de tratamento, são capazes de torná-las praticamente imperceptíveis”, assegura o dermatologista Beni Grinblat.


Fonte: Revista Saúde É Vital

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CUIDADO: CIRURGIA PLÁSTICA É COISA SÉRIA!

Já foi o tempo em que cirurgia estética era sinônimo de correção de rugas ou problemas como orelhas de abano e nariz grande. Hoje as pessoas a utilizam para implantar o que falta ou tirar excessos. A idade média de quem procura por esse recurso vem diminuindo e, além das mulheres, os homens já estão virando fregueses das famosas "plásticas".
Não é de se estranhar, portanto, que novas técnicas surjam a cada dia, todas prometendo milagres e resultados rápidos. Como conseqüência, milhares de clínicas são abertas quase que mensalmente, oferecendo inúmeras possibilidades e condições de pagamento, inclusive financiamentos. Em resumo: está ocorrendo um verdadeiro "leilão" do corpo humano em nome da beleza e da perfeição física.
Embora os brasileiros estejam cada vez mais acostumados à cirurgia plástica, muitas pessoas, no entanto, incluindo os médicos, estão preocupados com o rumo que essa onda está tomando.
No caso do silicone no seio, por exemplo, até dois anos atrás, a média de produto que se colocava ficava entre 150 e 190 mililitros. Atualmente é difícil uma mulher que queira colocar menos do que 200 ml.
O perfil etário das pacientes também mudou e várias jovens com menos de 18 anos já querem aumentar os seios. Para o cirurgião plástico credenciado da Blue Life Newton Roldão, não há nada de errado em se cultivar a vaidade, mas é preciso estar alerta para o fato de uma pessoa se tornar escrava disso e fazer qualquer coisa para ficar mais bonita.
Segundo ele, os perigos vão de cair nas mãos de médicos inexperientes a barganhar preço e condições mirabolantes, colocando em jogo a saúde. "Em primeira análise, as pessoas devem procurar uma cirurgia plástica para corrigir um defeito estético que a incomoda e, assim, conseguir melhor adequação social e qualidade de vida," diz. "Quando a busca pela plástica vira exagero e perfeccionismo, é necessário alertar as pessoas para que tenham expectativas reais e conheçam as limitações da cirurgia."

LIPOASPIRAÇÃO

Um engano comum, por exemplo, é achar que a lipoaspiração é indicada para o emagrecimento. "Engana-se quem imagina que resolverá o problema da obesidade com a lipoaspiração," esclarece. Na verdade, de acordo com o especialista, essa técnica é eficaz em pacientes que estão com o peso correto em relação à altura ou ligeiramente acima, pois seu objetivo é melhorar o contorno corporal e não fazer com que se perca peso, apesar disso até acabar ocorrendo com a retirada de gordura.
Por desinformação e má fé de profissionais despreparados (alguns nem cirurgiões plásticos são), diariamente dezenas de pessoas são submetidas à lipoaspiração, mesmo sem indicação médica. O resultado muitas vezes é caro demais: retirada de gorduras insuficiente ou em excesso, ondulações e até o risco de lesões de órgãos internos.
Em relação à lipoaspiração, há uma tendência a se alardear novas técnicas que têm recebido nomes bem esquisitos. Entre eles estão a lipoultrassônica, a vibroliposucção e a laselipolise a laser.
O Dr. Newton afirma que nenhuma delas é comprovadamente superior à lipoaspiração tradicional. "Elas foram criadas para facilitar o trabalho do médico, mas seus resultados estão vinculados à experiência dele," explica, lembrando que no pós-operatório é necessário que o paciente use uma cinta por 30 dias e recomendável que permaneça três quilos abaixo do peso.

SEIOS

Outra grande onda do momento - o silicone no seio - também exige cuidados. O primeiro deles é ter consciência de que essa mudança cultural dos padrões de beleza pode não ser definitiva e daqui a alguns anos mulheres com seios grandes poderão estar fora de moda. O segundo é saber se há ou não indicação para a cirurgia.
O médico credenciado da Blue Life afirma que não basta querer colocar silicone. É preciso poder. Ele lembra que o padrão freqüentemente adotado é o de que a medida da mama deve ser igual à do quadril. Assim, se o quadril de uma mulher adulta medir 95 centímetros, seu busto deverá ter o mesmo tamanho. "Se a mulher está de acordo com esse padrão, não tem porque querer colocar silicone apenas por moda, pois ficará desproporcional." A quantidade de silicone a ser colocada dependerá da decisão do médico, que deverá levar em conta características físicas da paciente.
De um modo geral, se for feita por um profissional capacitado, com métodos adequados, a cirurgia ocorre sem maiores preocupações. A paciente não fica internada e depois de uma hora e meia já estará indo embora com seus novos seios. Mas quem pretende submeter-se a ela, deve estar ciente também de que algumas complicações podem aparecer devido a reações do organismo. A mais comum é conhecida como contratura capsular e ocorre quando o corpo reage à colocação da prótese, criando uma película em volta dela - a chamada cápsula. Por motivos ainda não totalmente esclarecidos, essa película pode se tornar espessa, contrair-se e o resultado é que a prótese ficará com o formato de uma bola de tênis.
Com a evolução do material nos últimos anos, a incidência desse problema diminuiu. Mas o perigo ainda existe e precisa ser levado em consideração, assim como a possibilidade de alteração da sensibilidade no seio, que, dependendo da paciente, poderá ser transitória ou definitiva.

GLÚTEOS

Outra prótese de silicone que está cada dia mais ganhando adeptos é a colocada nos glúteos.
Ao contrário do que muitos pensam, não resolve o problema de bumbum caído. "Ela apenas aumenta o volume dos glúteos," confirma o Dr. Newton.
Um pouco mais complicada que a do seio, dura em torno de três a quatro horas e a internação de dois a três dias é obrigatória. Não há alteração de sensibilidade e, assim como nas outras cirurgias, é preciso conhecer bem o médico, pois há o perigo de extrusão, ou seja, de que o organismo expulse a prótese, deixando-a exposta. A solução, nesse caso, é fazer nova cirurgia para retirada e tentar a recolocação.
Quem optar pelo silicone nos glúteos também terá de ter muita paciência no pós-operatório, pois, durante duas semanas, só poderá dormir de bruços e não conseguirá sentar. Outro inconveniente é que, na maioria dos casos, não poderá mais tomar injeções nos glúteos.
Por essas e outras, qualquer que seja sua opção, é preciso ficar atento a médicos que fazem falsas promessas. Antes de se submeter a uma cirurgia plástica pesquise muito. Saiba quais os prós e contras e quais os riscos da operação. Dessa forma, você não criará ilusões e falsas expectativas em relação aos resultados possíveis.

Fonte: Revista Blue Life News

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